Café com o Presidente
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25 de Out, 2021
Olá amigos do Sindimetal Norte
Se há uma coisa que precisamos cobrar insistentemente é a redução do Custo Brasil. Em 2019 o que chamamos de Custo Brasil chegava a 1,5 trilhão de reais, aproximadamente 20% do PIB. Com as mudanças nas regras trabalhistas e uma ou outra medida que foi implementada, o governo calcula que este custo caiu em 2020 para 1,350 trilhão de reais. Apesar da redução ainda é um absurdo que o setor produtivo tenha que arcar com esse custo pois isso reduz a possibilidade de investimentos e impede a competitividade com países cujo custo é infinitamente menor.
O Custo Brasil é uma expressão muito utilizada para fazer referência aos fatores negativos do nosso País em termos de custos e despesas, afetando assim a capacidade empresarial e a produtividade das nossas empresas.
Entre os principais entraves estão os fatores trabalhistas, que tornam a contratação e demissão de funcionários altamente onerosos. Hoje ainda mais de 80% do custo de um funcionário são os encargos trabalhistas. É um dinheiro que não fica na empresa e nem chega ao funcionário. Fica nas mãos do governo.
A infraestrutura é outro problema grave que impacta enormemente no Custo Brasil. Pedágios caríssimos, transporte ferroviário precário, transporte fluvial com malhas reduzidas. Tudo isso faz com que o transporte de cargas seja muito mais caro do que nos países desenvolvidos e em muitos dos emergentes, nossos principais concorrentes.
Isso sem contar o excesso de burocracia, o cipoal tributário que quase ninguém entende, e uma carga tributária que, na média, passa de 32%.
E na última semana, mais uma pancada no contribuinte. As taxas dos cartórios aumentaram 15% num ano em que a inflação não vai chegar a 4,3%.
Os cartórios hoje são uma aberração que não tem qualquer sentido. Enquanto parte do Brasil vive a era da assinatura digital, do Pix, dos bancos digitais, os cartórios e seus carimbos estão entre as coisas mais atrasadas que temos no País. E, sabemos, apenas serve para favorecer alguns grupos de apaniguados.
Muitos desses custos e despesas poderiam ser bem menores e estimular a produção nacional. Além de atrapalhar os resultados com exportação, esse cenário ainda gera dificuldades de lidar com a disputa interna diante de mercadorias importadas.
Não podemos mais aceitar que outros países emergentes como o Brasil dobraram ou até triplicaram o seu PIB nos últimos 15 anos e nós aqui estagnados há quase uma década.
O Brasil é de todos nós. Mas não é justo que um pequeno grupo de privilegiados fique com o lucro e nós apenas com a conta para pagar.
Precisamos cobrar dos nossos representantes no Congresso que nos ajudem a mudar esta história.
Marcus Gimenes
Presidente do Sindimetal Norte
25 de Out, 2021
29 de Abr, 2024