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Recuo na prévia do PIB contraria tendência de melhora na economia
A queda de 0,51% na comparação com abril é a mais forte desde janeiro e um banho de água fria em economistas que apostavam em uma retomada
Depois de registrar leve crescimento em abril — o primeiro em 16 meses — o nível de atividade da economia (IBC-Br), calculado pelo Banco Central e considerado por analistas uma espécie de prévia do PIB, voltou a despencar em maio. A queda de 0,51% na comparação com abril é a mais forte desde janeiro e um banho de água fria em economistas que apostavam em uma recuperação ainda este ano.
—A melhora de alguns indicadores, como o da indústria, por exemplo, dava esperanças de que a economia melhoraria. O que se percebe agora, com um pouco mais de clareza, é que foram soluços e que a recessão deve permanecer ao longo desse ano. Não se vê recuperação significativa ainda em 2016. O faturamento da indústria voltou a cair e a produção industrial ficou estável —afirma Margarida Gutierrez, economista e professora da UFRJ.
O recuo já era esperado, mas veio bem mais forte do que a mediana projetada por analistas do mercado financeiro, uma queda entre 0,22% e 0,24%. No acumulado dos 12 meses, a retração é de 5,79%.
Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Outro indicador que mede o ritmo da economia, o Monitor do PIB, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), também apontou queda em maio. O recuo de 0,41% em maio em relação a abril é o pior registrado pelo índice desde setembro de 2015.
—Os índices de confiança do empresariado cresceram nos últimos meses, mas impulsionados pela troca de governo, e não por sinais efetivos de melhora na economia. O cenário político segue conturbado, temos eleições ainda este ano e isso tudo empurra uma possível recuperação para 2017. Vamos permanecer no fundo do poço mais algum tempo — afirma Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec.
Fonte: Zero Hora - Economia
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