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Reforma da Previdência faz confiança do industrial cair em abril
A expectativa pela aprovação da Reforma da Previdência e a revisão para baixo do PIB deste ano são os fatores que podem ter influenciado na queda do ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), registrado em abril pela Fiep (Federação das Indústrias do Paraná). No mês, o ICEI foi a 60,2 pontos, uma queda de 4,7 pontos em relação a março, mas permanece na área de otimismo, que fica acima dos 50 pontos.
O ICEI é formado pelo indicador de condições, que avalia a visão do empresário em relação a seu próprio negócio e à economia do país nos últimos seis meses, e pelo de expectativas, que faz a mesma avaliação, mas projetando para os próximos seis meses. Segundo a Fiep, a percepção futura foi a que registrou a maior queda, de 6,6 pontos na comparação com março, indo de 69,8 para 63,2 pontos.
“Nós identificamos duas situações que podem ter influenciado na queda: a primeira é a maior dificuldade na aprovação da Reforma da Previdência”, comentou Evânio Felippe, economista da Fiep. Segundo ele, à época da pesquisa, a Reforma ainda não tinha passado na CCJ. O segundo ponto é a expectativa de crescimento da economia para esse ano. A previsão do crescimento do PIB, que era de 2,6%, foi revisado para 1,7% pelo Banco Central.
Segundo Felippe, a perspectiva para os próximos meses vai depender de indicadores regionais de produção industrial do IBGE, que serão divulgados em 8 de maio e provavelmente serão menores.
Conforme o economista, o ICEI tenta captar a confiança do empresário industrial hoje e em até seis meses. “Se a percepção diante do cenário econômico, político e social não está de acordo com o dinamismo da atividade econômica, o empresário vai protelar o investimento na atividade de produção”, alerta o economista. E o principal reflexo disso, ele completa, está na geração de emprego e renda.
Empresário industrial e vice-presidente da Fiep, Ary Sudan afirma que os investimentos na indústria estão parados. De acordo com ele, as expectativas positivas que havia no início do ano não se confirmaram, e os embates na aprovação da Reforma da Previdência tiraram o ânimo do mercado. O saldo negativo de empregos é uma prova disso. “Vamos voltar a ter uma expectativa boa se andar bem a Reforma da Previdência.” Para Sudan, também há a expectativa de que a Reforma Tributária seja aprovada em seguida. “Todo mundo está sofrendo, mas a indústria tem custos fixos muito altos. A Reforma tem que sair de qualquer jeito.”
Sondagem Industrial
Em março, um quarto das empresas pesquisadas na Sondagem Industrial, realizada pela Confederação Nacional da Indústria em todo o país, estavam com volume de produção abaixo do normal. Outras 60% reportaram produção estável. Metade das indústrias afirmou ter mantido o nível de utilização da capacidade instalada, que na visão da Fiep demonstra uma certa acomodação, uma expectativa de como a economia vai se comportar. Além disso, a sondagem mostrou que 72% das indústrias do Estado manteve o mesmo número de trabalhadores, sem dispensas.
Fonte: Folha de Londrina
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